Entenda o que essas palavras nas redes sociais podem nos dizer sobre o uso inadequado de esteroides anabolizantes.

Introdução

O Brasil figura entre os três países com o maior número de academias de ginástica no mundo¹. Segundo dados do IBGE, nos últimos cinco anos, houve  aumento de 30% na população que afirma se exercitar regularmente em academias². Esse dado reflete a mudança de hábito dos brasileiros em utilizar a atividade física para trazer maior qualidade de vida. 

Esse cenário de expansão dos praticantes de atividades físicas também se reflete nas redes sociais. O número de posts, vídeos e podcasts sobre musculação cresceu significativamente³. E, nesse conteúdo voltado para o público fitness, é muito comum que os participantes entrem em contato com termos próprios, como “natural”, “fake natty”, “usar os sucos” e “usar os venenos”.

Esses termos têm sido utilizados pelas novas gerações como substituição ao antigo “usar bomba”. A popularização desse novo jargão pode estar revelando uma prática preocupante: a disseminação do uso de esteroides anabolizantes (EA) com fins estéticos, sem supervisão de um profissional de saúde, o que pode causar sérios danos à saúde dos usuários³.

Para entender melhor, explicamos que os termos em inglês “natty” e “fake natty” são utilizados nos Estados Unidos para designar, respectivamente, pessoas que conseguiram alcançar um corpo atlético com contornos musculares bem desenhados e baixo percentual de gordura, de forma natural ou com o uso de EA³ ⁴.

Esses termos foram trazidos ao Brasil por um influenciador que começou a divulgar vídeos nos quais “julgava” o corpo de pessoas famosas, apontando se houve ou não o uso de EA para se alcançar o “shape” apresentado. Rapidamente, seus vídeos viralizaram e tinham como objetivo alertar sobre os perigos dos anabolizantes com finalidade estética³.

As redes sociais parecem desempenhar papel central nessa equação. Influenciadores fitness e páginas criadoras de conteúdo (algumas com milhões de seguidores) acabam reforçando padrões estéticos inalcançáveis para a maioria da população. É comum encontrarmos, nas redes sociais, esses influenciadores debatendo sobre “protocolos” de como se deve usar esteroides para obter melhores resultados estéticos⁴ ⁵.

Estudos indicam que, ao se compararem com esses influenciadores, muitos usuários podem sentir maior insatisfação com o próprio corpo, recorrendo a procedimentos cirúrgicos ou ao uso de EA para atingir o corpo musculoso desejado⁶ ⁷.

Não são raros estudos que demonstram que usuários de redes sociais expostos a esses padrões de beleza tornam-se mais suscetíveis a desenvolver ansiedade e baixa autoestima. Essa influência é ainda mais significativa entre jovens e mulheres⁸ ⁹ ¹⁰.

Sabe-se que o uso de EA para aumento de massa muscular e performance esportiva não é recente¹¹. O primeiro registro do uso do hormônio testosterona para melhorar a performance esportiva é de 1954, quando atletas soviéticos o utilizaram no campeonato mundial de levantamento de peso, na Áustria¹².

No entanto, indícios mostram que a utilização de esteroides anabolizantes por praticantes de musculação apenas para fins estéticos tem aumentado, sobretudo nas últimas décadas¹³. A figura 1 mostra um comparativo entre os físicos dos atletas campeões de fisiculturismo no início do esporte e atualmente.

Especula-se que esse fenômeno pode estar se agravando devido à grande exposição desse tema e ao engajamento gerado por influenciadores e páginas de conteúdo fitness, contribuindo para o crescimento do uso inadequado de esteróides anabolizantes¹⁴. 

Figura 1. Diferença entre os atletas campeões de fisiculturismo do passado e presente. 

Um estudo de 2018, encontrou o risco duas vezes maior de uso de esteroides anabolizantes entre praticantes de musculação com pelo menos um ano de experiência, em comparação com praticantes menos experientes. Segundo esse estudo, 76% dos participantes afirmaram que o motivo do uso dos anabolizantes foi a busca estética, enquanto os outros 24% relataram o aumento de força como principal razão¹⁵.

Nos últimos anos, a polícia apreendeu carregamentos de esteróides anabolizantes em diversos estados brasileiros. A comercialização dessas substâncias por meio do mercado paralelo, além de ser considerada crime, revela outra preocupação: a segurança do usuário. Isso porque não é possível afirmar que esses medicamentos tenham sido fabricados segundo os critérios de boas práticas de fabricação de medicamentos determinados pela ANVISA. Ou seja, seu uso pode representar risco direto à saúde dos usuários¹⁶.

Em 2023, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma resolução proibindo médicos de prescrever esteróides anabolizantes com finalidades estéticas ou para ganho de performance. A resolução destaca que não há comprovação da segurança desses medicamentos para tais fins e que “o ambiente virtual das mídias sociais propicia a rápida difusão de terapias não comprovadas e potencialmente danosas”¹⁷.

Conforme a Portaria 344/98 da ANVISA, o controle e a fiscalização da produção, do comércio e da manipulação de esteróides anabolizantes devem ser executados em conjunto com as autoridades sanitárias do Ministério da Saúde, da Fazenda, da Justiça e seus congêneres nos estados, municípios e no Distrito Federal¹⁸.

Segundo a Lei 9.965, de 27 de abril de 2000, a distribuição e a venda de medicamentos do grupo de esteróides ou peptídeos anabolizantes de uso humano estão restritas à apresentação e retenção, pela farmácia ou drogaria, da cópia carbonada da receita emitida por um profissional da saúde devidamente registrado em seu conselho¹⁹.

Contudo, apesar da gravidade, o uso inadequado de esteroides anabolizantes ainda é assunto pouco debatido, inclusive pelos profissionais de saúde. Alguns fatores podem contribuir para essa realidade, como a resistência dos participantes das pesquisas em admitir o uso, a utilização concomitante de outras substâncias, como o hormônio GH e a insulina, o que dificulta a associação causa-efeito, e, principalmente, a escassez de ensaios clínicos randomizados nos quais os participantes utilizam doses suprafisiológicas desses medicamentos²¹. É importante destacar que, o último fator deve-se aos evidentes conflitos éticos que envolveriam a criação do ensaio mencionado, uma vez que os danos causados pelos esteróides já são bem conhecidos

Confira, a seguir, o que são os esteróides anabolizantes e os riscos associados ao uso inadequado dessa classe de medicamentos. 

Afinal, o que são os esteróides anabolizantes? 

A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, que possui como precursor o colesterol. A testosterona é secretada principalmente pelas células de Leydig nos testículos, ela é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculinas¹².

Com o passar dos anos, a molécula de testosterona foi manipulada quimicamente. Essas modificações visam diminuir os efeitos androgênicos (menor aparecimento de características masculinas secundárias) e elevar os efeitos anabólicos (aumento de massa muscular). Sendo assim, esses novos compostos passaram a ser chamados de esteróides anabólicos sintéticos, popularmente conhecidos como “bomba” ¹⁵,²⁰.

Inicialmente, o hormônio testosterona era utilizado clinicamente no tratamento de hipogonadismo primário ou secundário em homens. Estudos clínicos demonstraram a eficácia e segurança deste medicamento em pequenas doses para tratar sintomas associados à baixa produção desse hormônio²⁰²¹. Posteriormente, verificou-se que seu uso também poderia ser indicado para pacientes com determinadas condições, como21:

  • Idosos sarcopênicos (com redução da massa muscular);
  • Pacientes com desnutrição grave;
  • Indivíduos acometidos por doenças debilitantes, como nos casos avançados de AIDS, por exemplo
  • Pacientes considerados grandes queimados com aumento do estado catabólico.

A testosterona e seus derivados destacam-se por duas funções orgânicas distintas: a atividade anabólica e a atividade androgênica. A atividade anabólica está relacionada ao desenvolvimento e à proliferação celular, sobretudo do tecido muscular. A atividade androgênica está associada, principalmente, ao desenvolvimento das características masculinas secundárias, como o surgimento de pelos, o espessamento das cordas vocais e o desenvolvimento do aparelho reprodutor masculino²² ²³. 

    Como os esteróides anabolizantes agem no organismo? 

    Os esteróides anabolizantes se ligam aos receptores de andrógenos presentes em diversos tecidos do corpo, incluindo músculos, fígado e sistema nervoso central. Concentrando-nos especificamente nos efeitos anabólicos, essa ligação favorece o ganho de massa muscular por meio do aumento da síntese proteica, da promoção da retenção de nitrogênio, da inibição do catabolismo proteico e da estimulação da eritropoiese¹¹ ²⁴.

    Um estudo de 1996 demonstrou que doses suprafisiológicas de testosterona (600 mg/dia) por 10 semanas foram capazes de aumentar a hipertrofia muscular e a força em homens saudáveis, sobretudo quando associadas ao treino de força²⁵. O aumento da força e da hipertrofia muscular é dependente da dose utilizada ²⁶ ²⁷. 

    Essa descoberta provavelmente era “conhecida” pelos praticantes de fisiculturismo. Segundo relatos, não era incomum encontrar competidores de alto nível admitindo o uso de altas doses diárias de esteroides anabolizantes (acima de 1 mg/kg)²⁸.

      Quais as principais reações adversas do uso de esteroides anabolizantes?

      Os estudos demonstram que as reações adversas dos esteróides anabolizantes podem afetar diversos órgãos e sistemas do corpo humano, e em alguns casos, com consequências fatais tanto para homens quanto para mulheres. Infelizmente, não são raros os casos de praticantes de fisiculturismo que morreram precocemente, inclusive no Brasil²⁹ ³⁰. 

      O uso prolongado de EA pode levar a efeitos deletérios no organismo, principalmente no sistema cardiovascular, levando a doença coronariana e até mesmo morte súbita. Um estudo feito a partir de 19 autópsias feitas em pessoas com uso relatado de EA, mostrou que em apenas um dos casos, a causa da morte não foi atribuída à doença cardíaca31

        Danos no sistema nervoso central e alterações no comportamento

        Muitos estudos vêm demonstrando que o uso suprafisiológico de esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) promove danos profundos no sistema nervoso central, induzindo a morte celular dos neurônios32,33,34. Em um estudo de 2017, doses elevadas do esteróide anabólico Nandrolona foram utilizadas para induzir neurodegeneração em ratos³⁴. Em um outro estudo mais recente, verificou-se que halterofilistas expostos aos EAA apresentaram função cognitiva mais baixa em comparação àqueles que não utilizavam essas substâncias³5.

        Concentrações elevadas de metandienona e metiltestosterona foram associadas a efeitos negativos em culturas de células neuronais que continham o receptor androgênico. Esses efeitos levaram à destruição de proteínas protetoras dessas células e, posteriormente, induziram a apoptose³2.

        A utilização de esteroides anabolizantes em altas doses foi capaz de influenciar negativamente funções do sistema nervoso central, afetando a memória, aumentando a agressividade, intensificando a ansiedade e predispondo a episódios de depressão. O mecanismo associado parece estar relacionado a alterações na neurotransmissão, afetando a síntese, a degradação e o metabolismo de neurotransmissores36,37,38,39. Além disso, alguns estudos identificaram a correlação entre o abuso de esteroides anabolizantes e maior risco de uso abusivo de drogas ilícitas ou álcool39,40.

          Danos hepáticos e desenvolvimento de tumores

          A hepatotoxicidade é um dos efeitos adversos mais conhecidos do uso de esteroides anabolizantes. Essa associação parece estar relacionada a fatores genéticos, à potência do anabolizante utilizado e à dose administrada,⁴¹,42.

          Um estudo que avaliou o uso de nandrolona em ratos observou que, após cinco semanas, houve aumento dos níveis plasmáticos de substâncias indicativas de necrose hepática⁴². O surgimento de tumores hepatocelulares também possui correlação com o uso de esteroides anabolizantes. Acredita-se que esses tumores possam estar relacionados à inflamação e à necrose celular induzidas por essas substâncias⁴⁴,45.

          Outra consequência hepática relevante é a peliose, condição caracterizada pelo surgimento de pequenas cavidades cheias de sangue no fígado. Em alguns casos, a ruptura dessas cavidades pode levar a hemorragias internas potencialmente fatais⁴6,7.

            Efeitos cardiovasculares 

            Um dos efeitos adversos mais conhecidos e graves do uso de esteroides anabolizantes é o impacto no sistema cardiovascular, que pode levar à morte súbita. Sabe-se que o uso crônico dessas substâncias pode comprometer a regulação autônoma da contração cardíaca em coelhos48.

            Em humanos, um estudo demonstrou que o uso de anabolizantes resultou na redução dos níveis plasmáticos da lipoproteína de alta densidade (HDL), essencial para o combate à aterosclerose. Outro estudo também indicou que, além da diminuição do HDL, o uso desses hormônios também eleva os níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL), contribuindo para a formação de placas de ateroma nas artérias49.Estima-se que cerca de 3% dos usuários crônicos de esteroides anabolizantes sofram infarto agudo do miocárdio, provavelmente como consequência da aterosclerose50, 51. 

              Danos no sistema renal 

              O uso de testosterona exógena e/ou seus derivados sintéticos também podem causar danos no sistema renal. A presença de receptores androgênicos nos rins permite que estas substâncias se liguem ao órgão, promovendo efeito tóxico sobretudo em células glomerulares, que consequentemente pode levar à morte celular nos rins em ratos52

              Outro estudo, também realizado em ratos, demonstrou que altas doses de testosterona está associada ao aumento da proteína TNF-α nos rins. Essa proteína está intimamente associada a processos inflamatórios e ao recrutamento de células que promovem danos ao tecido renal. Sendo assim, essa proteína pode estar no centro do mecanismo de ativação de danos nos rins nos usuários de esteróides anabolizantes54

              Um estudo acompanhou 22 usuários de esteroides anabolizantes por 6 anos e que foram encaminhados ao serviço de nefrologia apresentando alterações na função renal. Destes, 8 pacientes apresentaram esclerose glomerular segmentar e focal, outras doenças como nefroangiosclerose, nefrite intersticial crônica, nefrite intersticial aguda e glomerulonefrite esclerosante, também foram reportadas em menor quantidade53

                Conclusão

                Diante dos riscos expostos, torna-se evidente a necessidade de alertar a sociedade, sobretudo os jovens e praticantes de musculação e esportes de rendimento sobre os perigos da utilização dos esteróides anabolizantes com fins esportivos ou mesmo estéticos. Para fins clínicos, a administração de esteroides anabolizantes pode trazer benefícios terapêuticos e ser segura. No entanto, seu uso para fins estéticos ou de ganho esportivo apresenta riscos significativos à saúde.

                É fundamental que os profissionais da saúde estejam atentos a essa realidade e saibam abordar o paciente sobre o uso dessas substâncias durante a anamnese, além de estarem preparados para manejar os efeitos adversos do uso inadequado dos anabolizantes. 

                Para isso, as autoridades brasileiras precisam desenvolver campanhas eficazes de conscientização sobre os riscos mencionados, criar locais apropriados para o atendimento de pacientes com este perfil no SUS e oferecer treinamento adequado aos profissionais da saúde, principalmente na atenção primária.

                Por fim, acreditamos que os Centros de Informação sobre Medicamentos (CIMs), distribuídos pelo país, podem contribuir no desenvolvimento estratégias de monitoramento das redes sociais com o objetivo de identificar rapidamente novos problemas relacionados ao uso indevidos de medicamentos e, posteriormente, contribuir para a formulação de políticas públicas.  

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                  Autor:

                  Bruno Paulino de Lima Costa e Branca Grinberg-Weller

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