Novo estudo publicado na revista Nature, relata relata o 1º caso no mundo de cura de diabetes tipo 2, com função de ilhotas pancreáticas gravemente prejudicada, curado por meio de transplante de células reprogramadas do próprio paciente.
O estudo experimental foi realizado por cientistas do Centro de Ciência de Células Moleculares da Academia Chinesa de Ciências e o nome do paciente foi preservado.
O homem de 59 anos possuía a diabetes há mais de 20 anos e recebeu transplante de células de ilhotas pancreáticas, local onde são produzidos os hormônios responsáveis pelo controle glicêmico. Atualmente, este paciente não faz uso de insulina há quase 3 anos.
O tratamento empregou células do sangue do próprio homem utilizando métodos existentes para “reprogramá-las” de volta em células-tronco, informou Yin Hao, pesquisador líder da equipe e diretor do Centro de Transplante de Órgãos do Hospital Shanghai Changzheng.
Segundo o pesquisador, “Nossa tecnologia amadureceu e ultrapassou limites no campo da medicina regenerativa para o tratamento do diabetes”,
O paciente selecionado para o estudo precisava aplicar várias injeções de insulina diariamente, além de já ter feito um transplante de rim. Ao receber as células-tronco fabricadas em 2021 e ter ficado sem insulina externa durante 11 semanas, os traços da doença começaram a desaparecer.
“Os exames de acompanhamento mostraram que a função das ilhotas pancreáticas do paciente foi efetivamente restaurada e que sua função renal estava dentro da normalidade. Tais resultados sugerem que o tratamento pode evitar a progressão das complicações diabéticas”, disse Yin.
O artigo foi publicado na revista Cell Discovery, em 30 de abril de 2024. Os autores disseram que os próximos estudos devem explorar a farmacologia de medicamentos que possam fornecer equivalentes disponíveis no mercado para o transplante de ilhotas.
Este é o primeiro relato no mundo de um caso de diabetes tipo 2, com função de ilhotas pancreáticas gravemente prejudicada, curado por meio de transplante.
Confira o artigo: https://www.nature.com/articles/s41421-024-00662-3
Autor:
Bruno Paulino de Lima Costa