Um estudo publicado esta semana, intitulado “Mortality in male bodybuilding athletes” revelou dados preocupantes sobre a mortalidade precoce entre fisiculturistas do sexo masculino. Principalmente o risco aumentado de morte súbita entre os atletas de fisiculturismo, mesmo que amadores. A pesquisa retrospectiva levantou dados de mais de 20000 homens fisiculturistas durante 16 anos (média de 8 anos por atleta) utilizando bases de dados da federação internacional de fisiculturismo. 

Após este cruzamento, 121 mortes foram identificadas, onde 73 (60%) eram mortes súbitas e 46 (38%) eram relatadas como morte súbita cardíaca, sendo está a principal causa isolada. Essa condição ocorre quando alguém morre repentinamente e inesperadamente devido a um problema cardíaco. O estudo também mostrou que o risco deste evento acontecer em atletas de elite é maior do que em atletas amadores, com um aumento de mais de cinco vezes em comparação com amadores.

O estudo não deixa claro qual seria a causa desta maior incidência de mortes. Contudo, sab-se que o fisiculturismo envolve algumas práticas que podem impactar significantemente a saúde, como treinamento de força ao extremo, estratégias de perda de peso repentinas, incluindo restrições alimentares severas e desidratação (incluindo através do uso de diuréticos), bem como o conhecido uso abusivo de esteroides anabolizantes.   

Para os pesquisadores, a conscientização sobre esses riscos deve incentivar práticas de treinamento mais seguras, melhor supervisão médica (com a utilização de check-ups periódicos) e uma abordagem cultural diferente, que rejeite firmemente o uso destas substâncias, inclusive por entusiastas de musculação não competidores. 

Agora, os pesquisadores estão trabalhando em uma análise paralela dedicada a atletas fisiculturistas do sexo feminino e em uma investigação mais ampla sobre práticas e riscos associados ao esporte.

Confira o Link do artigo no nosso link https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/40393525/

Autor:

Bruno Paulino de Lima Costa

Skip to content